Na próxima quarta-feira, os presidentes Luciano Bivar, do União Brasil, e Baleia Rossi, do MDB, se reunirão para definir a data em que anunciarão o maior acordo eleitoral entre partidos já selado nesta campanha.
União Brasil e MDB irão se coligar para formar uma aliança de R$ 1,5 bilhão (juntando os fundos eleitoral e partidário das duas siglas), 86 deputados federais e um tempo recorde de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV.
“Com esses recursos — e junto com o PSDB, o Cidadania e quem mais quiser se juntar a nós— indicaremos até junho um candidato único para representar o centro democrático”, afirma Bivar.
Para o deputado, a aliança produzirá um “trator eleitoral” ao juntar os recursos do União Brasil (dono do maior volume de fundos públicos) com a capilaridade do MDB nos estados.
“Há mais representantes dos dois partidos espalhados pelo país do que agências do Bradesco”, afirma Bivar. “E todos esses representantes terão fotografias com o candidato ou candidata à Presidência que nós escolheremos por meio de um conjunto de critérios”.
Entre os critérios que balizarão a escolha do candidato único da frente que hoje reúne quatro partidos —e pode vir a aglutinar também o Novo— estão os resultados das pesquisas qualitativas que vêm sendo realizadas com nomes como os de Simone Tebet (MDB) e dos tucanos Eduardo Leite e João Doria.
“O primeiro passo é saber para onde aponta, e o que deseja, o inconsciente coletivo”, afirma Bivar.
O presidente do União Brasil não disse se o nome do ex-ministro Sergio Moro, que abandonou o Podemos para ingressar no União Brasil minutos antes do fechamento da janela partidária, também está sendo submetido às pesquisas para aferir a quantas anda o “inconsciente coletivo” do eleitorado.
Mas na frente que agora se autointitula “centro democrático”, a convicção geral é de que o ex-juiz deverá mesmo concorrer ao Senado por São Paulo e, nessa condição, “contribuir” para a campanha do escolhido (a) para envergar o figurino da terceira via.