Durante discurso no rito de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira (12), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lembrou a vigília feita por apoiadores durante sua prisão em Curitiba e afirmou que irá “recuperar a democracia” no Brasil – leia a íntegra.
“Quero dizer que muito mais que a cerimônia de diplomação de um presidente eleito, está é a celebração da democracia. Poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada”, disse Lula. Segundo o petista, a democracia precisa ser “semeada, cultivada e defendida daqueles que tentam, a qualquer custo, sujeitá-la a seus interesses financeiros e ambições de poder”.
Lula critica “desmonte” da gestão Bolsonaro
Em seu discurso, o presidente eleito também criticou o que classificou como “desmonte” das políticas públicas.
“Nestas semanas em que o Gabinete de Transição vem escrutinando a realidade atual do país, tomamos conhecimento do deliberado processo de desmonte das políticas públicas e dos instrumentos de desenvolvimento, levado a cabo por um governo de destruição nacional”, reiterou Lula.
“Soma-se a este legado perverso, que recai principalmente sobre a população mais necessitada, o ataque sistemático às instituições democráticos”, acrescentou.
Lula elogia coragem do TSE e do STF
Ao longo de sua fala, Lula elogiou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE durante o processo eleitoral deste ano.
“Quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que enfrentaram toda sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular.”
A seguir, o petista cumprimentou cada ministro de ambas as Cortes presentes no rito de diplomação pela “firmeza na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral nesses tempos tão difíceis”.
“Não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo. Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo”, completou o petista.
Posse
No dia 1° de janeiro, acontecerá a posse dos novos presidente e vice-presidente da República, em Brasília.
Nesta tradicional cerimônia, o chefe de Estado eleito subirá a rampa do Palácio do Planalto e deve receber a faixa do atual mandatário. À CNN, Hamilton Mourão defendeu que Bolsonaro passe a faixa para Lula.
A equipe do petista, liderada por Janja, planeja um evento com a presença de mais de 300 mil pessoas, que contará com shows de diversos artistas nacionais.
(Publicado por Lucas Schroeder, com informações de Tiago Tortella, da CNN, em São Paulo)