O setor de produtos, serviços e comércio de animais de estimação deve ter um crescimento de 14% em 2022, com um faturamento de R$ 58,9 bilhões, segundo estimativas do Instituto Pet Brasil (IPB).
A projeção foi feita levando em conta o desempenho do setor no primeiro trimestre deste ano. O faturamento consolidado em 2021 foi de R$ 51,7 bilhões.
Dentre os segmentos do setor, o de Pet Food, que engloba a venda de alimentos industrializados para animais de estimação, manteve a liderança, com faturamento de R$ 33,1 bilhões nos primeiros três meses de 2022. O valor equivale a 56,3% do faturamento total do mercado pet, e representa alta de 16,7% em relação a 2021.
Em segundo lugar está o segmento de venda de animais diretamente dos criadores, que movimentou R$ 6,1 bilhões, ou 10,5% do total do setor, com avanço de 9,5% ante 2021. Ele é seguido pelo segmento de Pet Vet, de venda de medicamentos veterinários, que gerou R$ 5,8 bilhões, representando 9,9% do total e uma alta de 11%.
Há ainda os segmentos de serviços gerais, com faturamento de R$ 5,1 bilhões (8,7% do total e alta de 7,6%), de serviços veterinários, com R$ 5,4 bilhões (9,3% do total e avanço de 12,4%) e de Pet Care, englobando os produtos de higiene e bem-estar animal, com R$ 3,1 bilhões (5,3% do total e crescimento de 13%).
Já sobre os meios usados pelos consumidores para comprar produtos e serviços, os pet shops pequenos e médios mantiveram a liderança nas vendas do setor, responsáveis por 48,8% do total.
O segmento de clínicas e hospitais veterinários, que segundo o IPB vem crescendo nos últimos anos, ficou em segundo lugar, com 18%.
Em seguida, vêm os segmentos de agrolojas (9,3%), varejo alimentar (8%), pet shops de grande porte (8,3%), e-commerce (5,6%) e outros (2%), que inclui clubes de serviço e lojas de conveniência.
O instituto destaca que, mesmo com uma fatia ainda baixa, o comércio eletrônico é o canal com maior crescimento no setor, indicando uma “mudança progressiva de hábitos das famílias que possuem pet”. Em três meses, a alta nas vendas foi de 18%. Já na comparação entre 2020 e 2021, foi de 48%.
Para o presidente do conselho consultivo do IPB, Nelo Marraccini, os números apontam que, apesar do cenário econômico adverso, os brasileiros não deixaram de cuidar dos pets.
Por isso, o consumidor deve continuar a comprar produtos para animais de estimação em 2022, cuja maior parte é produzida no Brasil.
“A rede varejista é ampla, tem demonstrado avanços importantes em novos canais de negócios e é caracterizada pela alta capilaridade. Durante o período delicado da pandemia de Covid-19, obteve caráter essencial, e não será diferente diante dos novos desafios do pós-Covid”, avalia.