A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou uma nota para alertar sobre a existência no mercado de versões falsificadas dos medicamentos Botox, Dysport e Durateston.
Na quarta (21), a agência publicou uma resolução determinando a apreensão e a proibição da comercialização, a distribuição e o uso das unidades falsificadas dos medicamentos Botox (lote: C3709C3) e Durateston (lote: 701012LR).
Já outra resolução determinou a apreensão e a proibição da comercialização, da distribuição e do uso de unidades falsificadas do lote W07209 do produto Dysport.
A falsificação segue o mesmo padrão. O falsificador usa o número de um lote original do produto, mas altera as datas de fabricação e vencimento.
A data de fabricação do lote original do Botox é 09/2014 e a data de validade, 08/2017. O produto falsificado traz o mesmo número de lote, mas a sua data de fabricação consta como 05/2022 e a de validade, como 05/2025. Outro detalhe é que este lote não foi enviado ao mercado brasileiro pela empresa Allergan Produtos Farmacêuticos. A descoberta deste caso ocorreu durante uma operação policial que encontrou embalagens do Botox falsificadas.
No caso do Dysport 300U, que é uma toxina botulínica, a comunicação da falsificação foi feita pela empresa detentora do registro, a Beaufour Ipsen Farmacêutica.
O lote W07209 original foi importado em abril de 2022, com data de fabricação em 01/2022 e prazo de validade até 12/2023. Já o produto falsificado tem data de fabricação 01/2023 e validade, 12/2024.
“A empresa também descreveu diversas diferenças existentes entre o produto original e o falsificado. Foram verificadas discrepâncias no tipo de frasco, na qualidade de impressão do rótulo e no volume de produto no frasco”, diz a nota da Anvisa.
A falsificação do Durateston também foi comunicada à Anvisa pela empresa Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda, que detém o registro do produto.
O lote original foi fabricado em 01/2021 e válido até 01/2023. No entanto, as unidades falsificadas possuem data de fabricação em 06/2022 e validade até 06/2024.
No comunicado, a Anvisa orienta que a população e os profissionais de saúde somente adquiram medicamentos em estabelecimentos regularizados, sempre na embalagem completa (dentro da caixa) e mediante emissão da nota fiscal.
“Em caso de identificação de unidades dos medicamentos com suspeita de falsificação, a população ou os profissionais de saúde não devem utilizar o produto e devem entrar em contato com as empresas detentoras do registro desses produtos, para verificar sua autenticidade”, diz a nota.
Fonte: Folhapress