Com as eleições municipais de 2024 concluídas, os partidos já voltam suas atenções para o próximo pleito, que ocorrerá apenas em 2026. Apesar da distância, o cenário exige antecipação de articulações e negociações, especialmente quando o assunto é composição majoritária.
No Piauí, os bastidores giram em torno da formação da base governista. Os três principais partidos com influência no Palácio de Karnak – PT, MDB e PSD – já começaram a discutir quem serão os candidatos nas chapas. A candidatura à reeleição do governador Rafael Fonteles (PT) é tida como natural, mas os cargos de vice-governador e as duas vagas ao Senado permanecem em aberto, necessitando de mais conversações entre os aliados.
O presidente estadual do MDB, senador Marcelo Castro, avalia que, em razão dos bons resultados que os partidos tiveram com o último pleito, o foco agora é a indicação, de cada, de nomes que poderão compor a chapa majoritária.
“Tenho dito que é natural. Eu gosto da política das soluções naturais. Nós somos três grandes partidos da base do governo: PT, MDB e PSD. Então, o mais natural e normal é que cada partido apresente um candidato na chapa majoritária. Isso é o que eu venho defendendo publicamente. Isso é o que vai prevalecer? Não sei. Vai depender das negociações e articulações, os encaminhamentos que serão dados e presididos pelo governador”, disse.
Após a apuração dos votos, o PSD se consolidou como o partido que mais elegeu prefeitos no Piauí. Ao todo, 65 prefeituras serão comandadas por gestores da sigla. Com o resultado, é ventilado que a sigla terá respaldo suficiente para indicar candidato na composição, fato esse avaliado pelo presidente estadual do partido, deputado federal Júlio César.
“Tem apenas muita especulação (sobre eu ser candidato ao Senado em 2026). A gente ouve, respeita a posição de cada um, mas tudo que vai acontecer é em sintonia com o nosso governador, comandante maior do grupo. Isso é um problema matemático (a composição majoritária) e o governador é muito inteligente. Isso é um dos pontos que ele vai avaliar no dia que decidir”, ressaltou.
Apesar do Partido dos Trabalhadores (PT) ter a indicação natural da cabela de chapa ao Governo do Estado, não é descartado que a sigla também possa buscar entendimento para uma denominação ao Senado.
Um cotado para ser candidato ao Senado é o deputado federal Francisco Costa (PT). O parlamentar afirma que seu nome está à disposição do partido, mas que o entendimento sobre o assunto vai depender dos líderes correligionários.
“O meu nome sempre estará à disposição do meu partido, seja para qualquer composição que se julgar necessária. Se for para ir à reeleição de deputado federal, serei novamente candidato a deputado, se for para outro cargo, esse sendo majoritário, a gente também estará à disposição, a princípio do nosso partido, mas se for entendimento desse conjunto de alianças, buscaremos fazer algo que seja consensuado e melhor para o Piauí”, concluiu o deputado.
Fonte: portalodia