O governador Rafael Fonteles (PT) anunciou o investimento na ordem de R$ 4 milhões para a implantação de novos cursos profissionais, técnicos e tecnológicos em escolas estaduais do Piauí, na Universidade Estadual do Piauí e na Uapi. A ação terá início até o final deste mês, segundo explicou o secretário de Educação, Washington Bandeira.
Ao todo serão cinco cursos técnicos da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), dois cursos superiores da Universidade Aberta do Piauí (Uapi) e mais quatro cursos superiores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi).
Segundo o gestor, 10 mil estudantes serão beneficiados, abrangendo 153 unidades de ensino. Os cursos são os cursos de Marketing Digital, Programação de Jogos, Turismo (com ênfase em Empreendedorismo) e Energias Renováveis (com ênfase em energia eólica e solar) e Desenvolvimento de Sistemas com ênfase em inteligência artificial, que começou em março e conta com 3 mil alunos matriculados.
O secretário reforçou que, com o incremento no ensino estadual, a meta é chegar em primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Ele também defendeu a instalação de mais escolas em tempo integral no estado.
“Com o ensino em tempo integral podemos preparar esses jovens para o mercado de trabalho e para fortalecer a proficiência em português e matemática, já é provado que o modelo com o profissional e técnico gera o fortalecimento da aprendizagem, além dos índices econômicos e sociais”, destacou.
Ele disse que os cursos foram escolhidos pensando nas áreas prioritárias da agenda econômica de Rafael Fonteles.
O outro curso lançado, que é o de Tecnólogo, será voltado para a Universidade Estadual do Piauí (Uespi). No total, serão ofertados 3.1 mil vagas. O total de investimentos para estes cursos de tecnólogos será de mais de R$ 23 milhões.
O governador fez uma reflexão e apresentou dois diagnósticos sobre o cenário da Educação. Para ele, há uma necessidade de melhorar a qualidade de ensino. Ele descreveu que, mesmo tendo acesso às escolas, muitos alunos não estão, de fato, aprendendo.
“Eu sou um professor, sou um apaixonado pela educação e faço um diagnóstico de que a Educação brasileira tem dois problemas: o primeiro é o do acesso, que considero quase praticamente resolvido. Hoje, o desafio está no intervalo de 0 a 3 anos. O diagnóstico problemático é de que as crianças estão na escola, mas não estão aprendendo. Se você olhar os índices de proficiência, os índices mostram que as crianças não estão aprendendo. Há um problema na metodologia. Os prefeitos e governadores não podem olhar para essa situação e achar que está confortável. Precisamos repensar muitos coisa na qualidade desse ensino”, destacou.
Fonte: Cidade Verde