O Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento para investigar a conduta do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que foi denunciado por funcionárias do banco por assédio sexual.
Fontes do MPF relataram que o procedimento corre sob sigilo judicial e está em fase de oitiva de testemunhas e de potenciais vítimas.
A investigação foi revelada pelo portal “Metrópoles”, nesta terça-feira (28). Procurado por meio da assessoria de imprensa do banco, o presidente da Caixa não se manifestou sobre o tema.
Após a revelação do caso, o banco decidiu cancelar a entrevista coletiva do Plano Safra, que estava prevista para ocorrer na tarde desta quarta-feira (29).
Em nota ao “Metrópoles”, a Caixa informou que “não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo”.
“A Caixa esclarece que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio. O banco possui um sólido sistema de integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de ‘qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça’”, diz trecho do documento.
Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e fontes da Esplanada dos Ministérios relataram à CNN que Guimarães deve ser demitido nesta quarta-feira (29).
A exoneração célere é para tentar evitar uma contaminação da campanha à reeleição de Bolsonaro. O presidente da Caixa é considerado um dos auxiliares mais próximos de chefe do Executivo. Frequentemente participa de eventos públicos ao lado dele e de transmissões ao vivo nas redes sociais do mandatário.