Dada a forte inflação que só parece aumentar em todo o mundo, as diferentes moedas começam a sofrer os golpes e refletem a incerteza de uma economia com dois anos de pandemia, uma guerra russa na Ucrânia que impactou o mercado preços do petróleo e a desaceleração do crescimento de países tão importantes quanto a China.
É por isso que vale a pena perguntar, quais são as 10 moedas mais fortes do mundo? E antes de chegar ao primeiro lugar, avisamos antecipadamente que não é o dólar, embora ele seja a moeda mais utilizada para operações internacionais.
Uma moeda forte é determinada pela quantidade de bens e serviços que você pode comprar com ela e pela quantidade de outras moedas que você pode receber em troca de uma unidade da moeda inicial, de acordo com uma análise da Forex.com, uma plataforma de negociação de moedas estrangeiras.
Como o dólar é a moeda mais utilizada no mercado, ele funciona como referência para calcular o valor de outras moedas. Assim, quanto mais dólares você precisar para comprar uma única unidade de outra moeda, mais forte ela será. Se você precisar de menos dólares, então essa moeda é considerada mais fraca.
O dólar e o euro atingiram a paridade pela primeira vez em 20 anos em 12 de julho, depois que o primeiro se fortaleceu em relação ao segundo, que registrou queda de 12% em relação ao ano passado.
As 10 moedas mais fortes do mundo
- Dinar do Kuwait
- Dinar do Bahrein
- Rial do Omã
- Dinar da Jordânia
- Libra esterlina (Reino Unido)
- Dólar das Ilhas Cayman
- Euro
- Franco suíço
- Dólar
- Dólar canadense
Por que o dinar do Kuwait é tão forte?
Se você não está envolvido ao mercado de câmbio, provavelmente nunca antes ouviu falar do dinar do Kuwait. E não se preocupe: é porque ela não é tão amplamente disponível quanto o dólar e o euro. O Banco Central do Kuwait explica que, desde 2007, seu dinar estava atrelado a uma “cesta não divulgada de moedas internacionais dos principais parceiros comerciais e financeiros do Kuwait”.
A razão? Segundo o banco, a política cambial visa “manter e aumentar a relativa estabilidade” do dinar kuwaitiano em relação a outras moedas, “proteger também a economia doméstica contra os impactos da inflação importada”.
Isso decorre do fato de que entre 2003 e 2007 a moeda estava atrelada ao dólar. Mas o Kuwait mudou a política “depois de esgotar todas as tentativas de absorver os efeitos adversos da depreciação do dólar americano em relação às principais moedas durante um longo período”.
Agora, como um país tão pequeno como o Kuwait consegue ter a moeda mais forte? A resposta está no petróleo. O CIA Fact Book explica que a economia do país é muito rica devido à quantidade de reservas de petróleo bruto que possui: aproximadamente 102 bilhões de barris, ou 6% das reservas mundiais.
Segundo dados da CIA, o petróleo representa 92% das receitas de exportação do Kuwait e 90% das receitas do governo.
“Praticamente toda a riqueza do Kuwait é derivada direta ou indiretamente, por meio de investimentos estrangeiros, da extração e processamento de petróleo”, explica a Enciclopédia Britânica sobre a economia do país, que destaca que o elemento chave para o desenvolvimento do país tem sido a constante e rápida expansão da indústria petrolífera desde 1970.
Os lucros que o Kuwait obteve nos anos seguintes por conta do petróleo e dos investimentos lhe deram uma das maiores rendas per capita alto do mundo.
Em 1990, o país quase esgotou as receitas de investimentos estrangeiros devido à invasão que sofreu do Iraque sob o comando de Saddam Hussein. Mas se recuperou com a alta dos preços do petróleo nos anos 2000.
Mas com o petróleo sendo o grande centro da economia do Kuwait, outros setores como agricultura, manufatura e comércio são fracos, segundo a Enciclopédia Britânica.