As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 serão aplicadas em dois domingos consecutivos, nos dias 03 e 10 de novembro. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais de cinco milhões de candidatos se inscreveram no exame, superando todas as edições anteriores. O Enem conta com 45 questões objetivas de Linguagens e Códigos, 45 questões objetivas de Ciências Humanas, 45 questões de Ciências da Natureza e 45 questões de Matemática, além de uma redação dissertativa argumentativa, sendo essa uma das etapas mais temidas pelos alunos.
Enquanto o dia da prova não chega, muitos estudantes aproveitam para intensificar os estudos e revisar os pontos mais importantes ou que ainda exigem reforço. Os professores também aproveitam para trabalhar todos os tópicos previstos e possíveis temas de redação, auxiliando os alunos na construção de argumentos que sejam bem compreendidos pelos avaliadores. O professor de redação, Ageu Júnior, aposta em dois temas que, segundo ele, são de extrema relevância e diferentes, que ainda não foram cobrados no Enem.
O professor Ageu Júnior explica que muitos alunos sentem dificuldade em escrever suas ideias de maneira clara e objetiva. Para facilitar esse processo, são apresentados modelos de redações, como uma espécie de molde, em que o aluno pode observar a estrutura e adaptá-la conforme o que está sendo cobrado. As aulas de redação ocorrem semanalmente, focando tanto na parte teórica quanto na análise de textos.
“É na análise de textos que o aluno consegue compreender, de forma concreta, como é esse projeto de texto. Quando esse estudante entra em contato com textos exemplares, ele consegue tirar do abstrato uma ideia que pode ser consertada e aplicar aquilo no texto dele. Mas esse molde não pode ser uma estrutura pronta, pois o Enem está começando a se blindar contra isso”, explica.
As aulas de redação ocorrem semanalmente, focando na teoria e análise de textos
Durante as aulas, os estudantes têm contato com temas que fazem parte do dia a dia. Muitos desses assuntos são sugeridos pelos próprios estudantes, o que torna a aula mais atrativa. “Sempre há assuntos do convívio deles que podem ser trazidos para a sala de aula, como algo que ocorre na família ou no bairro. Eles fazem as adaptações daquilo que viveram e transformam em um texto formal, e isso torna a aula mais dinâmica”, comenta o professor.
Nessa reta final, os professores também verificam os assuntos que os alunos estão errando mais, intensificando a Competência 1, que considera as habilidades de sintaxe e gramática, e a Competência 3, que faz a análise e raciocínio lógico do tema, para que os alunos não se distanciem do foco temático.
Professores e alunos se conectam para tornar esse momento o mais tranquilo possível. Além dos assuntos e temas, os docentes também dão apoio emocional aos estudantes, para que eles se sintam preparados nos dias de provas.
“É fundamental trabalhar neles a questão da ansiedade, de acalmá-los em sala. Damos palavras de apoio e trabalhamos com eles a importância de conciliar a atividade física com os estudos, de ter um suporte psicológico e não os pressionar. Temos que passar uma tranquilidade para o aluno, para que ele vá fazer a prova se sentindo seguro. A insegurança e a ansiedade, querendo ou não, vai acontecer, mas que isso seja de forma amena”, conclui o professor de redação, Ageu Júnior.
Fonte: Portal o Dia