Teresina está recebendo nesta sexta-feira (21) membros do Executivo Federal e o presidente Lula na Caravana Federativa. O evento visa estreitar as relações entre o Governo Federal, estados e municípios e discute, entre outros pontos, o repasse de recursos e investimentos no Piauí. Uma das principais potencialidades piauiense na área das energias renováveis, o Hidrogênio Verde foi mencionado na fala do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
De acordo com ele, o Piauí poderá se tornar uma Nova Arábia com a produção e exportação de energia através do hidrogênio verde. Historicamente, a Arábia é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, com cerca de 5 milhões de barris gerados por dia. Hoje, com os investimentos de energia eólica, solar e com a energia verde de matrizes renováveis, o Piauí já produz três vezes mais energia do que aquilo que consome.
“As linhas de transmissão vão fazer com que o Piauí garanta não só energia para a sua população, mas possa ganhar recursos com a venda dessa energia para outros estados que não produzem ainda. Estamos falando aqui de uma nova Arábia. Os países árabes se construíram a partir dos poços de petróleo, e o Nordeste brasileiro tem poços de energia, a partir da energia solar, eólica, do hidrogênio verde. O Piauí tem tudo para ser o campeão nessa produção”, afirmou o ministro Padilha.
O projeto de regulamentação do hidrogênio verde foi aprovado na Comissão Especial do Senado na semana passada. O texto prevê o marco regulatório para produção do H2V e determina os incentivos fiscais e financeiros para o setor. O projeto seguirá agora para o Plenário. No Piauí, o ministro Padilha pontuou que a implantação da Política Nacional do Hidrogênio Verde, prevista no projeto aprovado, vai capacitar e promover a região Nordeste.
“A linha de transmissão garante exatamente que a produção que hoje não é vendida possa ser vendida ganhando mais recursos”, finalizou o ministro.
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Anúncio de obras para o Piauí
A Caravana Federativa também tem o intuito de discutir investimentos e agilizar o repasse de recursos para estados e municípios. Aqui no Piauí, o ministro Alexandre Padilha, ao lado do presidente Lula, anunciou uma série de projetos e obras que devem beneficiar áreas como a Educação, a Saúde e a Segurança.
Na área da Educação foi anunciada a construção de três novos Institutos Federais (IFPI) com mais de 4.200 vagas para o Piauí. Na área da Saúde, a proposta é de encontrar um novo terreno para instalar o núcleo piauiense da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a pesquisa e formação de alta especialidade. Já na Segurança, o Governo Federal anunciou que busca um novo terreno para instalar uma nova superintendência da Polícia Federal.
Também entrou no rol de obras anunciadas pelo governo federal uma nova área para garantir a expansão do porto em Luís Correia. O ministro Padilha ainda não informou prazos nem valores que devem ser investidos.
Na área da Mobilidade, o governador Rafael Fonteles já entregou ao presidente Lula o projeto do intermodal. Lula já remeteu o plano para a coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A Caravana Federativa
Criada para estreitar as relações entre os entes federados (União, Estados e Municípios), a Caravana Federativa chegou ao Piauí nesta quinta (20) e se estende até hoje (21) com a participação de 205 dos 224 municípios. Esta é a maior participação proporcional que o evento já teve no país. Já foram feitos mais de 2.300 atendimentos aos prefeitos com os ministérios, bancos públicos e mais de 50 órgãos federais para acelerar o repasse de recursos para obras em diversas áreas.
Dados do Governo Federal apontam que já foram investidos mais de R$ 56 bilhões só do PAC no Piauí em obras para estrutura, energia, saúde e educação.
Industrialização com o Hidrogênio Verde
Em pronunciamento na 10ª Caravana Federativa Piauí, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, garantiu que o próximo passo de sua gestão é a industrialização do estado por meio do Hidrogênio Verde.
“Eu estou apostando muito nisso. Assim como o gás natural, o diesel, ou a gasolina é uma molécula. A do hidrogênio verde é outra molécula, que vai queimar, não vai poluir e vai fazer a indústria rodar. Nós não estamos querendo produzir hidrogênio para exportar não, uma parte pode ser exportada, mas nós queremos industrializar o nosso estado. Do mesmo jeito que quem tem petróleo, tem o polo petroquímico, quem tem hidrogênio, vai ter um polo de hidrogênio químico. A gente vai industrializar o nosso estado a partir desta estratégia”, garantiu.
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