A Defensoria Pública do Piauí garantiu a um homem com autismo o direito de cultivar cannabis sativa para fins medicinais. A decisão foi tomada após o assistido solicitar a autorização para o cultivo doméstico da planta, visando tratar condições como Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.
A prescrição do uso da cannabis foi feita pela médica que o acompanha, devido aos efeitos colaterais indesejados de tratamentos tradicionais.
“É uma grande satisfação representar a Defensoria na garantia desse direito ao nosso assistido, que envolve um tema muito sensível, porém de extrema importância”, afirmou a defensora pública Elisa Cruz Ramos, responsável pelo caso.
Uso de cannabis para fins medicinais
O uso de cannabis para fins medicinais tem sido cada vez mais discutido e estudado, especialmente em relação a condições como autismo, TDAH e epilepsia. Pacientes e médicos têm buscado alternativas à medicina tradicional, que muitas vezes não traz os resultados esperados ou provoca efeitos colaterais indesejados.
A cannabis contém compostos chamados canabinoides, como o THC e o CBD, que podem ajudar a aliviar sintomas de diversas doenças. Por exemplo, o CBD é conhecido por suas propriedades ansiolíticas e anticonvulsivantes, enquanto o THC pode ajudar no controle da dor e na redução da ansiedade.
Além disso, a cannabis pode melhorar a qualidade de vida de pacientes que enfrentam dificuldades relacionadas à alimentação, sono e comportamento, especialmente no caso de crianças e adultos com autismo.
Para obter um Habeas Corpus que autorize o cultivo de cannabis para fins medicinais, o interessado deve seguir alguns passos:
Consulta médica: É fundamental que um médico prescreva o uso da cannabis para tratamento de condições específicas, documentando os motivos e os efeitos colaterais de outros tratamentos.
Busca por apoio jurídico: Procurar a Defensoria Pública ou um advogado especializado em direito da saúde pode ajudar a entender os procedimentos legais necessários.
Elaboração do pedido: O advogado deve redigir o pedido de Habeas Corpus, explicando a situação do paciente e a necessidade do cultivo da planta.
Acompanhamento judicial: Após a solicitação, o caso será analisado pela Justiça, e, se concedido, o paciente receberá um salvo-conduto que o protegerá de sanções penais.
Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.