Durante o Outubro Rosa, mês alusivo ao combate ao câncer de mama, é importante chamar atenção, não somente para o tratamento, mas também para o diagnóstico precoce da doença. Quanto antes for descoberto, maiores são as chances de cura do câncer de mama. Por isso, é fundamental que a mulher conheça seu corpo e, principalmente, realize o autoexame. Ao perceber qualquer alteração na mama, é imprescindível buscar auxílio médico imediato.
Para auxiliar no diagnóstico precoce do câncer de mama, é essencial realizar os exames de rotina dentro dos intervalos recomendados, como a mamografia, que deve ser anual a partir dos 40 anos, e a ultrassom de mama uma vez por ano a partir dos 25 anos. No Sistema Único de Saúde (SUS), o exame é realizado em mulheres assintomáticas somente a partir dos 50 anos e a cada dois anos.
Como reforma de reduzir essa lacuna e proporcionar um diagnóstico mais rápido às mulheres, a Fundação Maria Carvalho Santos, instituição teresinense sem fins lucrativos e que desenvolve atividade voltada para a promoção do diagnóstico precoce do câncer de mama, esta realizando uma importante ação. Durante todo o mês de outubro, a Fundação irá disponibilizar senhas para a realização de exames da mama.
Segundo o mastologista Luiz Ayrton Santos Júnior, coordenador da campanha no Piauí, serão 1.800 exames de mamografia. As senhas serão distribuídas na sede da Fundação Maria Carvalho Santos, localizada no Rua São Pedro, 3113, bairro Ilhotas. Os exames são voltados para mulheres de 40 a 60 anos que ainda não fizeram mamografias este ano, e podem ser recebidas das 8h30 às 11h30 e das 14h às 16h30.
Com identificar o câncer de mama
O melhor momento para a mulher refazer o autoexame é alguns dias após a menstruação, quando as mamas estão menos inchadas. Para as mulheres que já entraram no período da menopausa e não menstruam, o autoconhecimento das mamas pode ser realizado em qualquer época do mês.
Os sintomas do câncer de mama podem variar conforme a paciente, porém, alguns sinais merecem atenção especial:
Inchaço ou vermelhidão de toda ou parte de uma mama, mesmo que não se sinta um nódulo;
Nódulo único endurecido;
Irritação ou abaulamento de uma parte da mama;
Dor na mama ou no mamilo;
Inversão do mamilo;
Espessamento ou retração da pele ou do mamilo;
Secreção sanguinolenta ou serosa sendo expelida pelos mamilos;
Linfonodos aumentados.
Os estágios iniciais do câncer de mama
Em geral, o câncer de mama pode ser dividido em 5 principais estágios, de 0 a 4, sendo o zero o mais inicial e menos perigoso, e os estágios 3 e 4 os mais graves, conhecidos como câncer de mama localmente avançado e câncer de mama metastático, respectivamente.
Estágio 0 – Câncer de mama in situ
É considerado o câncer de mama em estágio inicial mais precoce. Neste estágio, os tumores são limitados aos ductos mamários. Apesar de poder se apresentar em uma ou em várias partes da mama, por estar dentro do ducto que se estende por toda a mama, este câncer de mama não entra em contato com os vasos presentes na glândula mamária, ou seja, não atinge outros órgãos. O tratamento é normalmente realizado por uma cirurgia na área comprometida e, em alguns casos, radioterapia e hormonioterapia.
Estágio 1 – Câncer de mama em estágio inicial
Neste estágio, o câncer ainda possui um crescimento lento e menos propensão a atingir outros órgãos. Apresenta tumores menores ou iguais a 2 cm que ainda se limitam à mama, sem atingir os linfonodos. Com um diagnóstico realizado precocemente, as chances de cura são ótimas e o paciente tende a responder bem ao tratamento. A cirurgia frequentemente é o tratamento indicado, assim como a radioterapia em conjunto com a quimioterapia, ou ainda utilizar outros tratamentos após a cirurgia.
Estágio 2 – Câncer de mama em estágio inicial
Tumores menores ou iguais a 2 cm, com linfonodos comprometidos, ou entre 2 e 5 cm, atingindo ou não os linfonodos, ou ainda tumores maiores do que 5 cm sem atingir os linfonodos. Ele ainda pode ser curado com certa facilidade, com os mesmos tratamentos indicados para o estágio 1, apenas variando a intensidade e tempo de realização do processo.
Estágios 3 e 4 – estágios avançados
Ao atingir os estágios 3 e 4, os cânceres de mama já podem ser considerados avançados, mas possuem diferentes características que devem ser conhecidas.
No estágio 3 é classificado como avançado, o que significa que ele se espalhou para os nódulos linfáticos e/ou outros tecidos da mama, mas não para outros locais do corpo. Normalmente ainda pode ser tratado das mesmas maneiras que aqueles casos em estágio 1 e 2.
No estágio 4, o câncer de mama é conhecido como metastático, caracteriza-se pela chegada de células com câncer em outros locais do corpo, como fígado, pulmões, ossos, cérebro e outros tecidos. Nesses casos, o paciente deve fazer uso de tratamentos que percorrem o corpo todo em busca de células comprometidas, conhecidos como terapias sistêmicas – quimioterapia, imunoterapia, terapia hormonal ou terapia alvo.