Os municípios do Piauí estão com dificuldades na aplicação da dose de reforço contra a Covid-19. A baixa procura pelos imunizantes por parte da população tem sido observada em todo o estado, segundo os dados levantados pelo Comitê de Operações Emergenciais (COE) do Governo do Piauí. Apenas 18,30% das cidades estão com mais de 50% da população imunizadas com a dose de reforço.
O professor Emídio Matos, pesquisador da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e integrante do COE do Governo do Estado, alerta que esses números colocam em risco todo o planejamento realizado para a imunização e pode provocar aumento dos casos graves da doença do Estado.
Foto: Assis Fernandes / O Dia
“Vários estudos mostram que após os quatros meses a vacina perde a eficácia e, com a variante Ômicron, se as pessoas não estiverem com a dose de reforço, aumenta o risco de adoecimento grave. Uma tarefa muito importante antes da retirada das máscaras é a gente avançar com a dose de reforço”, disse ao O DIA.
Emídio Matos é crítico da medida adotada pela Prefeitura de Teresina essa semana de desobrigar o uso da máscara em locais abertos. Ele apresenta dados que a capital está abaixo de 50% da população imunizada com a dose de reforço. O pesquisador orienta também que Teresina deve levar em consideração os municípios que compõem a região metropolitana e o fluxo de pessoas entre essas cidades diariamente.
“É muito pouco ainda. É preciso avançar com dose de reforça para, de fato, a gente criar um ambiente de maior segurança O problema ao ar livre é que você não tem controle. Nos ambientes fechados você pode cobrar o certificado vacinal. A própria pessoa está mais exposta ao risco, que por alguma razão não se vacinou, como ela expõe as outras a um risco maior”, afirmou.
Foto: Assis Fernandes / O Dia
De acordo com Vacinômetro da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), 92% da população piauiense está imunizada com a 1ª dose ou dose única, enquanto 81% já recebeu a 2ª dose e apenas 36% recebeu a dose de reforço.
Fonte: O Dia