O Piauí registrou nos quatro primeiros meses deste ano um total de 78 denúncias relacionadas a assédio moral, apontam dados divulgados pelo Ministério Público do Trabalho no Piauí nesta quinta-feira (2) em virtude do Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral. O número representa um crescimento de 18% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 66 casos no estado.
O crescimento apresentado indica que deve ocorrer um salto também na consolidação dos dados anuais. Durante todo o ano passado, por exemplo, o Piauí chegou a 158 registrados. O número deste ano, portanto, representa quase metade dos casos observados em 2023.
O Procurador do Trabalho Igor Oliveira, coordenador regional da Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), comentou que o assédio moral é caracterizado pela repetitividade.
“O assédio moral é todo e qualquer comportamento praticado pelo empregador ou por seus prepostos o que inclui palavras, gritos e gestos que pela sua intensidade, gravidade e sistematicidade provoca na vítima desequilíbrio negativo físico ou psíquico. Muitas das vezes gerando transtornos mentais que geram o afastamento do trabalho”, disse.
São exemplos de assédio mortal a cobrança exacerbada por metas inatingíveis, gerando na vítima um sentimento de impotência. Igor Oliveira apontou também que xingamentos, palavras de baixo calão, fazendo com que o trabalhador se sinta desprestigiado no âmbito da empresa tendo sua dignidade humana violada, também é considerado assédio.
O procurador ressaltou a importância das denúncias para o combate ao assédio moral e que os casos podem ser relatados pelos canais digitais do Ministério Público do Trabalhado, assim como nas sedes do MPT em Teresina e Picos.
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