Com o fim dos recursos destinados para o incentivo a compra de carros de entrada no país, o governo federal decidiu estender o programa e vai liberar mais R$ 300 milhões com essa finalidade.
O texto trará o novo valor definido para incentivar a venda de automóveis leves e deverá abranger também pessoas jurídicas, como locadoras de veículos. Até o momento, foram usados R$ 420 milhões em créditos tributários, mas o MDIC freou a liberação nos últimos dias.
A duração máxima continuará em quatro meses, mas governo acredita que vai durar apenas mais algumas semanas.
Inicialmente, o programa previa um total de R$ 500 milhões na concessão de descontos ao consumidor para compra de carros de passeio, mas a procura ficou acima das expectativas da indústria automotiva e do governo federal.
Também foi reservado R$ 1 bilhão para incentivar a troca de ônibus e caminhões com mais de 20 anos de rodagem.
Os recursos para automóveis foram consumidos, e empresas não conseguiram fazer compras. Havia expectativa de que as locadoras também pudessem usufruir do incentivo.
Na terça-feira (27), a Volkswagen anunciou a paralisação temporária das atividades das fábricas instaladas no Brasil.
Mais cedo no mesmo dia, ao ser questionado por jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não comentaria o tema.
Os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2.000 a R$ 8.000 e são válidos para veículos novos com preços de mercado de até R$ 120 mil. As montadoras podem aplicar descontos adicionais por conta própria.
Os descontos levam em consideração a maior eficiência energética; maior densidade industrial (capacidade de gerar emprego e crescimento no entorno); e menor preço.
Carros já são vendidos com descontos após pacote de benefícios
Logo após o anúncio do pacote de incentivo fiscal à indústria automobilística, as montadoras começaram a baixar o preço dos carros. Um dos modelos mais baratos do país, o Renault Kwid está sendo vendido por R$ 58.990, uma queda de R$ 10 mil no preço original.