O Departamento Nacional de Obras Contras as Secas – DNOCS, através da Estação de Piscicultura Adhemar Braga, realizou nesta segunda feira (12), um peixamento de 200.000 alevinos das espécies Tilápia e Tambaqui no açude Caldeirão, no município de Piripiri, cidade localizada no norte do estado do Piauí.
Ao R10 Piauí, o Chefe da Piscicultura do Caldeirão, Marcos Furtado, informou que Piripiri é o terceiro município contemplado com a ação “O primeiro município contemplado foi Lagoa de São Francisco, que recebeu 80 mil alevinos das espécies Tilápia e Tambaqui. Já o primeiro município a ser contemplado foi São João da Varjota, cidade a 450 km ao sul do Piauí, que também recebeu nas barragens dos povoados São Miguel, Pio IX e Jacus, 200 mil alevinos de Tilápia. Agora, chegou a vez de Piripiri”, disse.
Marcos ressaltou a importância da produção artificial de Tambaqui. “Já realizamos duas desovas da espécie só este ano. O Tambaqui é a mais produzida em cativeiro. Quase a totalidade da produção desse animal puro ocorre nos estados da região Norte do Brasil, com destaque para Rondônia. Outro ponto positivo do Tambaqui é sua carne, que é muito apreciada na culinária, por isso é muito procurado e proporcionalmente, os valores de venda também se mostram muito interessantes aos criadores”, destacou.
A foto abaixo mostra um Juvenil de Tambaqui que foi produzido em janeiro deste ano de 2023 na Estação de Piscicultura Adhemar Braga. Essa espécie tem origem em águas doces tropicais, apresentando poucos cuidados necessários para a sua sobrevivência. Possui um ciclo que varia de 8 a 12 meses, com engorda de 1 a 3 kg durante esse período. Nas criações de 18 meses, os tambaquis podem ultrapassar os 2 kg. Na fase adulta pode alcançar 90cm de comprimento e atingir 30 Kg.
Ainda segundo Marcos Furtado, a meta de produção para este ano deve alcançar a 2 milhões de alevinos para povoamento em açudes e lagoas de todo o Piauí. “Já estamos preparando também a produção de tilápia com reversão sexual, com a proposta de atender um mercado cada vez mais exigente para produção de alevinos de qualidade, produção de alimentos seguros e criação ambientalmente sustentável. Com a reversão de sexo por meio do controle da temperatura da água, ocorre a indução para produção de populações monossexo de machos, que são comercialmente desejáveis para criação, pois crescem mais que as fêmeas. Além disso, a criação de machos evita a reprodução dos peixes nos tanques de engorda, otimizando a utilização da ração para o crescimento uniforme dos animais”, concluiu o Chefe da Piscicultura do Caldeirão.
O peixamento é o nome dado quando se realiza o povoamento, o repovoamento ou a estocagem de alevinos (filhotes de peixes) em barragens e açudes, por exemplo. O peixamento colabora para o aumento no número de peixes no local e, consequentemente, ajuda a revigorar a economia, assim como a natureza. Na prática, o peixamento tem como intuito aproveitar as águas represadas pelas barragens para produção de peixe, um alimento rico em aminoácidos essenciais para a saúde da população. Além disso, esse projeto estimula a permanência dos pequenos e médios produtores na atividade pesqueira.